- Rede do governo pode atender até 80% da população, diz Paulo Bernardo.
- Lula disse que Telebrás será reativada para expandir acesso à internet.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta sexta-feira (19), durante congresso nacional do PT, em Brasília, que o governo pode fazer o Plano Nacional de Banda Larga em parceria com as companhias telefônicas, desde que elas pratiquem preços menores e levem o acesso aos lugares mais remotos. O plano prevê a universaliação do acesso à internet de alta velocidade no país.
“Se as empresas fecharem um acordo com o governo e assumirem a responsabilidade de atender os consumidores em todo país a um preço decente, nós podemos fazer um acordo para levar o plano adiante com elas”, disse o ministro.
Segundo ele, hoje as empresas cobram preços muito elevados para o acesso à internet e não atendem os lugares mais distantes.
“Se as empresas fecharem um acordo com o governo e assumirem a responsabilidade de atender os consumidores em todo país a um preço decente, nós podemos fazer um acordo para levar o plano adiante com ela”
A declaração de Paulo Bernardo acontece horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que o governo vai recuperar a Telebrás para ampliar a oferta de acesso à rede de internet de banda larga no país. A fala do presidente fez as ações da empresa dispararem na Bovespa, fechando com valorização de 14% após atingir pico de 18%.
Bernardo disse que a alternativa de parceria com as teles pode mesmo ser implementada e exige “uma grande soma de investimento”. Segundo ele, o cenário mais barato do Plano Nacional de Banda Larga custará cerca de R$ 3 bilhões ao governo federal em dez anos. Ele revelou ainda que o presidente conversou recentemente com os empresários do setor de telecomunicações e ouviu deles que há interesse no setor privado de se integrar ao Plano.
“Pelo nosso plano, em 2015 conseguiremos levar a internet para o dobro de consumidores do que atual ritmo de mercado indica”
“Pelo nosso plano, em 2015 conseguiremos levar a internet para o dobro de consumidores do que atual ritmo de mercado indica”, afirmou. O ministro afirmou que a rede de fibras óticas da antiga Eletronet já foi reintegrada judicialmente ao patrimônio do governo federal e que, sozinha, ele atinge cerca de 60% do território nacional e 80% dos lares brasileiros.
O ministro do Planejamento informou ainda que o governo pode fazer isenções fiscais à produção de aparelhos de modem para facilitar o acesso da população. “A gente também pode colocar esses modens como item obrigatório dos computadores do programa Computador para Todos”, comentou.
“A gente também pode colocar esses modens como item obrigatório dos computadores do programa Computador para Todos”
Bernardo disse que considera um preço justo se o consumidor tiver que pagar até R$ 30 para ter acesso à internet banda larga. “O problema é que as operadoras de telefonia cobram muito mais e não querem ganhar no volume e sim no preço”, disse.
O governo ainda não concluiu os debates sobre o plano e, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, só haverá uma definição sobre o modelo que será adotado apenas no começo de março.
É esperar pra ver como irá ficar…
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